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#diversidade

Inclusão não é caridade, é responsabilidade social.

Minha missão é contar para vocês a jornada de crescimento da DB e os desafios que temos enfrentado na inclusão de pessoas na tecnologia. Ao longo dessa conversa, vamos entender juntes porque inclusão não é caridade e sim responsabilidade social.

Iniciei minha trajetória na DB como estagiária em 2013 quando éramos uma pequena empresa de tecnologia com 200 pessoas colaboradoras, muita capacidade técnica e grandes sonhos.

Em 2014, quando aumentamos o time e abrimos novas salas aqui mesmo no parque tecnológico, fizemos um evento e criamos coletivamente nosso primeiro elemento cultural tangível: os valores que formam a palavra CRESCER (coragem, respeito, empatia, sinergia, comprometimento, experiência e responsabilidade). E assim, junto com nossos valores e com nossos grandes sonhos começaram a se formar nossos grandes desafios.

Em 2016 atingimos a marca de 400 pessoas colaboradoras, uma operação iniciando em São Paulo e junto a tudo isso, o desafio de atender às políticas públicas da LBI, Lei Brasileira de Inclusão, também conhecida como Estatuto da Pessoa com deficiência. E quero reforçar aqui a importância do Estado na criação de políticas públicas e leis, para que as empresas também sejam instrumento de transformação social.

Para atender as regras da LBI e sem muita experiência nesse tipo de jornada, criamos o Programa de Inclusão com a intenção de capacitar e incluir pessoas com deficiência na área de tecnologia, programa que mantemos até hoje.

Logo em seguida, para sustentar essas mudanças, estimulamos a criação do primeiro Grupo de Diversidade e Inclusão da empresa, destinado a discutir e disseminar ações com o olhar de inclusão dentro da empresa.

Nossos sonhos se tornaram mais grandiosos e com toda essa efervescência nossa visão de diversidade foi se ampliando. Nosso grupo de Diversidade foi crescendo, tomando forma, criando ações, tudo lindo e maravilhoso, até que nos deparamos com o primeiro caso reportado de Racismo dentro da empresa.

 

— COMO ASSIMMMM?? Racismo?? Aqui??? Uma empresa tão legal e diversa, com tantos eventos e disseminações culturais para a diversidade e inclusão como pode ter um caso de racismo?

 

Simplesmente não entendíamos.

E aqui amigas e amigos, enfrentamos nosso grande desafio na jornada para a diversidade e inclusão. Sabíamos que sem o espaço de acolhimento do grupo de diversidade possivelmente o caso de racismo nos passaria desapercebido e continuaríamos a acreditar que apenas eventos e conversas coletivas seriam suficientes para ter um ambiente seguro.  Também era inaceitável pra nós que uma pessoa precisasse passar por essa situação de preconceito e opressão, para que aprendêssemos que teoria e prática precisavam andar juntas.

Que casos de racismo, machismo, lgbtfobia, capacitismo, não são casos isolados. Eles fazem parte de uma estrutura social existente na qual é nossa obrigação criar soluções de reparação efetivas, que atendam as pessoas em suas demandas por equidade e justiça.

Esse episódio de racismo foi o estopim para que ações mais desafiadoras fossem implementadas na DB: capacitações de lideranças e pessoas gestoras para entendimento de todas as dimensões da diversidade e junto a isso, a escrita do nosso primeiro documento de valores e princípios, nosso Marco Ético.

 

Documento que foi escrito pelas 23 pessoas participantes do grupo de diversidade e não pelos diretores, gestores ou sócios. O Marco Ético é nosso documento VIVO de 06 valores e 21 princípios, é nossa constituição construída pela participação coletiva e lançada oficialmente com apoio da alta gestão da DB, em NOV/2018.

Contando essa história, e agora com mais experiência, digo a vocês que existem duas formas de gerir diversidade e inclusão: uma delas é criar as políticas, formatar regras e processos, comunicar essas regras e esperar que num passe de mágica todas as pessoas saibam o que fazer. Outra forma é além das políticas e regras, criar espaços para que as pessoas tenham liberdade de interagir e compartilhar experiências e possam se sentir seguras para contribuir com mudanças e relatar situações de opressão.

Quando entendemos isso, naturalmente melhoramos os nossos índices de contratação de grupos subrepresentados na tecnologia.

Segundo dados da pesquisa #QUEMCODABR promovida pela Preta LAB em parceria com a TW, quem trabalha em tecnologia no país hoje são principalmente homens, brancos, jovens de classe média e alta, que começaram sua jornada em grandes centros formais de ensino.

A DB vem mudando essa realidade, investindo em programas específicos como o Full Stack Social e também nosso programa de estágio, o Start DB, que abriu vagas afirmativas prioritárias para Mulheres, Pessoas Negras e pessoas LGBTQIA+.

Esse tipo de ação transforma o cenário organizacional ao mesmo tempo que é instrumento de transformação social. Imaginem o impacto que causaríamos, se cada uma das pessoas dessa sala fizesse o mesmo movimento que a DB vem fazendo?

Por fim, quero compartilhar 4 princípios do Marco Ético da DB que eu gosto muito de lembrar:

– VALORIZAMOS AS PESSOAS EM TODAS AS DIMENSÕES DA DIVERSIDADE;

– RESPEITO É O NORTEADOR DAS NOSSAS RELAÇÕES E A EMPATIA DEVE SER O OBJETIVO;

– ENCORAJAMOS O POSICIONAMENTO FRENTE ÀS MANIFESTAÇÕES DE OPRESSÃO E DISCURSO DE ÓDIO;

– PERSISTIMOS NA BUSCA PELA EQUIDADE, PRIMANDO PELOS CRITÉRIOS DE JUSTIÇA SOCIAL E GARANTINDO O EQUILÍBRIO NAS RELAÇÕES.

Hoje dizemos que mais do que uma empresa de tecnologia, somos uma empresa de pessoas…para todas as pessoas! Quem quiser conhecer mais nosso marco ético e nossa cultura, basta acompanhar os canais da DB como o site e também acessar a nossa página de carreiras. Deixo aqui meu convite para aplicarem para as vagas! Serão bem vindes!

Obrigada.

 

 

Publicado por Denize Vasques


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