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Conheça a história da DB!

De 1993 até 2000, forjando o DNA DBServante.

De 1993 até 2000, forjando o DNA DBServante.

“A vida não é a que a gente viveu e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”

Gabriel Garcia Marquez

A DB foi criada em 1993 na garagem, ou melhor, no porão da casa do Verner, que ficava em meio a um grande túnel de árvores da rua Gonçalo de Carvalho, uma das ruas mais bonitas de Porto Alegre.

Mas, de fato, essa história iniciou antes, com uma amizade que surgiu nos tempos da faculdade na década de 80. Dos três sócios fundadores, eu e o Verner fomos alunos da primeira turma do curso de Ciência da Computação da UFRGS, e o Mário, da última turma do curso de Tecnólogo em Processamento de Dados e responsável pelo trote nos novatos. Dizia ele que este trote perdurou por muitos anos…

Voltando para 1993, além de nos ceder o espaço de sua casa, o pai do Verner atuava como nosso contador voluntário. E como isto foi importante! Ao longo de nossa jornada a presença, torcida e participação de nossos familiares foi essencial para o desenvolvimento de nossa empresa.

Apesar de egressos da mesma área, os sócios fundadores são diferentes, com distintas personalidades e especialidades técnicas que se complementaram para dar forma a DB.

Durante os anos de faculdade fizemos alguns projetos juntos, e quando eu liderava o time de Tecnologia da Informação de uma grande organização não hesitei em chamar o Verner para ajudar a resolver um desafio com seus conhecimentos em Linux e redes de computadores. Por sugestão do Verner, chamamos o Mário, que aportou sua experiencia com a utilização de servidores de bancos de dados.

Cortando um pouco esta história, vocês sabiam que o Verner é baterista? O porão era o lugar de ensaio dele, que conta que havia tirado um período sabático para se dedicar à música sem nem saber o que era sabático.

Depois que o Verner definiu que a música deveria ficar como hobby, ele voltou para o mercado como consultor e um dia, entre uma conversa e outra, decidimos criar uma empresa de consultoria. Havíamos identificado que não havia uma empresa que oferecesse uma solução integrada para sistemas de bancos de dados, mas apenas empresas que prestavam serviços fragmentados e que lavavam as mãos diante de situações que exigiam uma atuação mais ampla e de empatia como os clientes.

Nascia a DBServer, uma empresa para servir aos clientes na área de bancos de dados, em que o problema do cliente seria o nosso problema.

Definimos que a melhor estratégia para alçar o mercado seria nos associando a um dos grandes fornecedores de sistemas gerenciadores de bancos de dados, os SGBDs. Enviarmos carta (sim, este era o meio mais eficaz de comunicação na época) para os principais fornecedores, que eram a IBM (DB2) (IBM), Informix, Sybase, Ingres e Microsoft (SQLServer ), e nos vinculamos ao único que nos respondeu – felizmente um baita produto.

E assim viajamos a São Paulo para assinar contrato como revendedores da Informix. Lá chegando, em um belo espaço na avenida Paulista, fomos recebidos pelo diretor que, após os protocolos de recepção, começou as nos perguntar sobre o funcionamento da DB – e é claro que não havíamos pensado muito sobre isso. Quando nos perguntaram quantas pessoas atuavam na DB, nos entreolhamos naquele ínfimo espaço de tempo e prontamente respondemos que 3 pessoas atuavam no comercial, 3 no técnico e 3 no marketing. E foi a mais pura expressão da verdade, pois na DB sempre foi assim, a gente se desdobrando para dar conta dos desafios.

A atuação com a Informix não nos trouxe resultados financeiros, mas foi neste período que aprendemos muito a realizar visitas a clientes, criar vínculos e desenvolver relações de confiança. E aprendemos também a aproveitar as oportunidades que aparecessem, mesmo que aparentemente estivessem fora de nosso radar de atuação. Em uma insólita visita a uma indústria do polo petroquímico para vender uma assinatura de um plano de suporte anual uma planilha eletrônica da Informix que acessava diretamente o banco de dados, e estou falando sério gente, o cliente nos pergunta se teríamos como prover serviços de desenvolvimento de software. Mais uma vez respondemos em uma centelha de tempo, que teríamos como dar conta do serviço. Contratamos então o primeiro funcionário da DBServer.

Como só de aprendizagem uma empresa não se sustenta, precisávamos gerar caixa, de preferência com um produto de ciclo de venda mais curto e mais acessível ao mercado. Sem perder o foco no posicionamento da empresa, o de seremos servidores de bancos de dados para nossos clientes, incorporamos ao nosso portfólio aquilo que podemos chamar de pão quente, nos tornamos distribuidores para todo Brasil de uma ferramenta de modelagem de banco de dados, o ERWin. O ciclo de venda era realmente expresso: contato inicial, demonstração, proposta e venda, em um prazo que não excedia um mês. A decisão por nos tornarmos distribuidores da Logic Works, empresa fabricante do ERWin, foi tomada no último dia possível, pois envolvia adquirirmos uma cópia do produto a preço subsidiado, algo tipo 500 dólares, o que para nós nos primeiros anos de empresa era quase tudo que tínhamos como economias pessoais – não podíamos errar. E isso que tivemos que também comprar um aparelho de fax, pois a Logic Works nos mandava periodicamente os leads que chegavam até ela por fax.

E foi a receber uma destas mensagens de fax que viajei de pronto para o Rio de Janeiro para conversar com o pessoal da Coca-Cola. Lá chegando, no horário marcado, eu achei estranho que a Coca-Cola funcionasse naquele prédio de um bairro residencial, por isso não foi tanta surpresa ser informado pelo interfone que o gerente que eu procurava já tinha saído para o trabalho naquele dia. Até hoje me pergunto por que raios ele tinha colocado o endereço residencial na ficha enviada a Logic Works. Enfim, histórias que ficam na nossa memória.

Foram muitos os desafios, aos quais nos moldamos com determinação e coragem, acreditando sempre em nossos sonhos. Por isso nos intitulamos DBservantes, uma homenagem ao espírito de Dom Quixote que nos acompanha até hoje, uma história épica tão bem narrada pelo escritor Miguel de Cervantes.

Sempre nos esmeramos pelo encantamento ao cliente e a excelência técnica é um grande trunfo que nos acompanha desde o princípio. Mas também aprendemos que outros fatores podem ser diferenciais importantes, como um pastel perfeito. Isso aprendi durante um treinamento em modelagem de dados que ministrei para um dos maiores distribuidores de combustíveis no país. O treinamento foi realizado na sede campestre da empresa, e, apesar de termos entregue um treinamento muito bom, a lembrança que temos até hoje são dos pasteis feitos na hora pelo ecônomo do local para nosso coffee break. Algo me diz que se o treinamento tivesse sido ruim, ainda assim as memórias seriam de plenitude, a memória afetiva gastronômica remove montanhas. E não é por acaso que a partir deste aprendizado nossos cursos passaram a ter coffee breaks memoráveis, mantendo sempre um conteúdo de primeira qualidade, claro.

E foi após um destes momentos de NPS 10 que o CIO de uma grande empresa nos apresentou um desafio que moldou o futuro da DB. Em resumo, este cliente nos agradeceu pelo ótimo treinamento e pelos serviços de consultoria prestados, mas que realmente faríamos a diferença se nos juntássemos a sua equipe para, de forma colaborativa, construirmos um dos primeiros sistemas de informação usando bancos de dados distribuídos Oracle no Brasil. Naquele dia, ao toparmos o desafio mal sabíamos que 30 anos depois seríamos 600 pessoas a impactar os negócios de nossos clientes.

Chegamos ao ano 2000 tendo realizado projetos para grandes empresas e iniciamos a nos espraiar Brasil afora. Destemidos, nosso primeiro projeto offshore foi um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) junto à gigante Hewlett-Packard (HP).

Ainda éramos poucos, menos de 40 pessoas. Tínhamos algumas ideias sobre o futuro, mas, acima de tudo, sabíamos que nossa história seria construída pelas pessoas.

Os anos seguintes foram de consolidação e transformação, mas a continuação dessa história vamos contar mais adiante.

Publicado por DB


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