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Lab Agile Data Thinking

Uma experiência de aprendizagem para fomentar a cultura analítica de dados

Diante da produção intensa de dados pelos mais diversos meios, não há como ignorar a importância de desenvolver conhecimento de forma explícita e sistematizada, que possa impactar positivamente tanto na validação de hipóteses, quanto na criação de várias outras. Com esta visão é que a DB e a Central Sul/Sudeste, que representa Cooperativas do Sicredi do RS, SC, MG e ES, fortaleceram ainda mais sua parceria de sucesso na construção da experiência Lab Agile Data Thinking.

Pensando nos desafios propostos pelo cliente e considerando o know-how das equipes DB envolvidas, desenvolvemos uma solução factível em termos de tecnologia, desejável para as pessoas, com uso de dados para tomada de decisão e viável no que diz respeito às principais demandas de negócios. O resultado foi uma experiência de aprendizagem vivencial com duração de 12 semanas, onde as pessoas participantes podem exercitar a cultura data driven durante a exploração de desafios reais do Sistema Sicredi. A abordagem é totalmente centrada nas pessoas e orientada a dados para a concepção de soluções inovadoras que combina processos criativos e analíticos para a resolução de problemas complexos de forma colaborativa.

A partir de uma temática delimitada de acordo com demandas internas, trabalha-se em equipes na compreensão dos dados, criação de hipóteses testáveis, a determinação de ferramentas e abordagens mais adequadas, além de validações técnicas, de regras de negócios, e diálogos com usuários. Busca-se assim, a promoção de uma cultura orientada por dados e o desenvolvimento de pensamento estratégico para tomada de decisões de negócios. Os três pilares desta experiência são:

Agilidade: adotando técnicas de gerenciamento ágil para construir processos mais eficientes e testar as estratégias propostas;

Data Science: aplicando técnicas de ciência da computação, estatística e inteligência artificial para responder as perguntas de negócios;

Design Thinking: criando soluções para as necessidades dos usuários, com empatia, colaboração e experimentação, contemplando também a viabilidade técnica e o impacto aos negócios.

Na experiência, as pessoas participantes são separadas em times e tem a dedicação de uma pessoa mentora da DB que assessora de forma personalizada na realização do projeto, bem como na orientação da equipe de maneira dialogada e horizontal, auxiliando os participantes na realização das atividades e resolução dos problemas. Há também o papel de pessoa consultora da DB, que realiza a consultoria técnica na área de Ciência de Dados de acordo com as necessidades de cada time. Sendo assim, há suporte especializado em todas as atividades relacionadas aos processos aplicados aos dados disponíveis. Além disso, ocorre o compartilhamento de conhecimentos em encontros síncronos onde há pelo menos uma pessoa especialista no assunto foco daquela etapa a fim de facilitar o entendimento de aspectos teóricos, conceituais e práticos contribuindo diretamente para o desenvolvimento dos projetos. De forma geral a experiência é organizada em quatro etapas:

Entendimento: inicia com a projeção de objetivos de negócios, mapeamento de atores, definição das fontes e acessos aos dados e compreensão da arquitetura técnica. Nesta etapa são realizadas atividades práticas para pesquisas exploratórias, descrição de problemas e potencialidade dos dados;

Exploração: processos para estudo dos dados com objetivo de construir hipóteses. A análise exploratória dos dados passa a ser centrada nas hipóteses levantadas com a construção de esquemas de entendimento da estrutura e o pré-processamento das bases de dados, além do processo de reframe de problema através das descobertas realizadas;

Definição: delimitação de escopo viável, construção de visão geral de experimento, definição de métricas e validação de hipótese. Atua-se no desenvolvimento do experimento com aplicação de recursos estatísticos e algoritmos de aprendizagem de máquina direcionando para verificação de resultados que vão ao encontro da hipótese;

Apresentação: estruturação de resultados para processo de compartilhamento com mapas de tecnologias, gráficos e visualizações de dados, bem como resultados de métricas avaliadas. Além disso, é realizada a construção de uma apresentação estrutural de resultados e lições aprendidas a serem compartilhadas.

Ao final da experiência ocorre o showcase de projetos onde as equipes apresentam a trajetória, resultados alcançados, além dos desdobramentos possíveis como uma forma de sintetizar e comunicar as descobertas para pessoas de referência. Durante a apresentação as pessoas convidadas podem oferecer feedback para proporcionar a continuidade do projeto dentro da organização, bem como a geração de novos insights sobre os dados observados. Este momento ocorre de maneira presencial, proporcionando aos participantes o fortalecimento dos vínculos construídos durante toda a jornada do Lab, bem como o contato direto com ambientes e pessoas que inspiram e provocam a busca por novos saberes.

O Lab Agile Data Thinking é uma iniciativa da DB, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar composta por sua Célula de Aprendizagem e pelo DBLAB, seu Laboratório de Inovação. A Célula de aprendizagem possui o objetivo de proporcionar jornadas de aprendizagem com técnicas que aliam o estudo teórico com a experimentação, construindo conhecimento validado pela prática através de atividades presenciais, remotas, híbridas e experiências imersivas. Já o DBLAB tem como missão promover a adoção de tecnologias portadoras de futuro para impactar os negócios de seus clientes, com atuação em todas as etapas do ciclo de vida de um experimento digital, da compreensão do problema à construção de solução e sua validação.

A primeira edição do Lab ocorreu entre de junho e setembro de 2022 contando com 18 participantes de diferentes Cooperativas vinculadas ao Sicredi Central Sul/Sudeste. O sucesso da primeira edição proporcionou a elaboração da 2ª edição com uma turma que iniciou em outubro de 2022 com 21 participantes. Ambas as edições apresentaram ao final projetos relevantes para organização e com grande potencial de continuidade e desdobramentos, além de alta satisfação das pessoas participantes.

Segundo Franco Bria, Gerente de Estratégia, Inovação e Planejamento na Central Sul/Sudeste do Sicredi, “fica a convicção que as organizações precisam seguir trabalhando para unir duas escolas que até agora vinham caminhando em estradas separadas. A Escola da ‘tomada de decisão’ e a Escola da ‘Ciência de Dados’. Esta última é tech (algoritmos e código) e a primeira é soft (círculos de influência, vieses cognitivos, etc)”. É esse tipo de necessidade que o Lab Agile Data Thinking busca atender de forma a desenvolver competências técnicas, analíticas e comportamentais nas pessoas participantes, para que sejam multiplicadores da cultura analítica de dados dentro e fora da organização.

Publicado por Aline de Campos e Taila Becker


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